SOBRE O LODO
- contato937588
- 5 de set. de 2022
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Na Better STE, o controle do fluxo ascendente é essencial, pois a mistura e retenção da biomassa adequados, permitem que o lodo permaneça em suspensão com uma mobilidade limitada em um espaço na vertical do interior do reator. A mistura do afluente com essa biomassa é favorecida pela agitação hidráulica promovida pelo fluxo ascensional, por efeitos de convecção térmica e do movimento permanente de bolhas de gases produzidos no processo digestivo da atividade bacteriana.
O desenvolvimento do lodo anaeróbio é resultante da transformação da matéria orgânica no sistema. Como este crescimento é contínuo, isto implica na necessidade periódica de descarte de parcela do volume de lodo acumulado, como certamente teria de ocorrer com qualquer outro sistema de tratamento de afluentes de águas residuárias, sob pena do processo perder eficiência na qualidade do efluente. Porém, justamente em função da baixa taxa do volume gerado no processo anaeróbio, cerca de 0,10 a 0,20 kg SST/ kg DQO afluente, (Campos, 1999), entre outros, é neste aspecto que o Better STE se torna mais vantajoso que os outros sistemas aeróbios.
O tempo de descarte do lodo no sistema está intimamente ligado a forma de utilização do Better STE. Se forem dirigidas águas pluviais, se forem usados produtos anti-bactericidas na limpeza de desinfecção de banheiros o resultado do tratamento será comprometido. Mas, se forem usados aceleradores de bactérias como FossaKlim, o resultado do tratamento terá ganho de eficiência e o descarte do lodo terá seu tempo dilatado.
A partir dos resultados operacionais dos reatores de Bucaramanga, Cali, CETESB e Kampur, foi obtida uma equação que representa a concentração de sólidos esperada para o efluente (Campos, 1999), representada da seguinte forma:
SS = (250 / TDH) + 10 , onde
SS – Concentração de sólidos suspensos no efluente em mg/l,
TDH – Tempo de detenção hidráulica em horas e
250 e 10 são constantes empíricas.

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